Cidadania Corporativa

Hospitais filantrópicos e o papel do Hospital Pompéia

Texto publicado no Caderno + Serra, do jornal O Pioneiro, em 18 de julho de 2022.

De origem grega, filantropia significa amor à humanidade, pois a palavra é composta por philos (amor) e anthropos (ser humano). 

É importante salientar que as entidades filantrópicas são de direito privado sem fins lucrativos. Sendo assim, todos os recursos financeiros delas são revertidos para o bem da sociedade. 

Quanto aos hospitais filantrópicos, eles são de direito privado que prestam serviços públicos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como prestam serviços aos pacientes dos planos de saúde e particulares. 

Nos últimos meses, acompanhamos uma série de debates sobre a crise dos hospitais filantrópicos brasileiros. O Brasil tem cerca de 1.824 hospitais filantrópicos e para 824 municípios, este é o único sistema de saúde. Eles geram mais de 1 milhão de empregos diretos, são responsáveis por 70% de assistência em alta complexidade, como transplantes e cardiologia, e 60% da oncologia do país. Contudo, o SUS remunera apenas 60%do total dos custos. E os outros 40%? 

Esse desequilíbrio entre o que custa e o que recebe gera dívidas bilionárias, sucateamento e a morte dos hospitais filantrópicos que lutam pela vida da população, como acompanhamos durante a pandemia do Convid-19.

A crise no setor não é novidade, mas devemos reconhecer que agora não é mais um sinal de alerta, pois a saúde agoniza! Metaforicamente podemos dizer que os hospitais filantrópicos estão na UTI. Nos últimos anos, 315 hospitais morreram, reduzindo mais de 7 mil leitos SUS. Os demais lutam para sobreviver. 

Acreditamos que o tratamento básico para a recuperação do setor é o reconhecimento de sua importância para a sociedade brasileira, a sua valorização, o cumprimento dos compromissos financeiros por parte do governo aliado à reestruturação financeira, para corrigir o déficit causado pela tabela de procedimentos que está aquém da realidade. 

Sabemos que este não é nem será um caminho fácil para sanar o problema. Cada instituição buscará a sua melhor solução, mas sem dúvidas será preciso se reinventar. 

Quanto a nós do Hospital Pompéia, estamos inovando nas grandes áreas para superar os desafios de nosso contexto, por exemplo: nos recursos humanos, pois para as organizações vinculadas à saúde ter uma equipe preparada para fazer as escolhas certas e no tempo certo é fundamental; na oferta de serviços, para que as mesmas estejam mais adequadas às demandas da sociedade; em alta tecnologia, para solucionar problemas de saúde e na humanização, para melhorar a experiência do paciente diante de suas necessidades.

Ao longo dos seus 109 anos e também no futuro, os objetivos do Pompéia são sempre os mesmos: entregar a melhor solução de saúde para o nosso paciente e agregar valor em sua qualidade de vida. 

Para poder cumprir o seu papel de cidadania corporativa, devemos todos, Pompéia e sociedade, estarmos atentos à sustentabilidade.

Somos um hospital humanamente moderno. Isto significa ser qualificado em recursos materiais e, especialmente, em recursos humanos, nosso maior bem. Quinzenalmente estaremos neste espaço apresentando as especialidades nas quais o Hospital Pompéia é referência, com seus profissionais de excelência e equipamentos de alta tecnologia. Sinta-se gentilmente convidado a conhecer mais sobre o nosso Pompéia.

Lara Sales Vieira, Superintendente do Hospital Pompéia.